domingo, 8 de junho de 2008

Quando o Poeta Silencia

Quando o poeta silencia,
Algo acontece em sua
Vã fantasia...

Por um instante,
Deixa de ser amante!
Adota nova filosofia...
Busca a razão de seus desejos
Já sem rumo nem direção
Em resumo ...
Abandona seu coração!

Não sei por que, não consegue
tirar de sua existência
algo que grita em sua essência...
Desvairada pela emoção,
Se agita!

Agora muda!
Vida já vivida
em outra dimensão...
O atleta do amor
Busca a razão
Estuda!

Já sem rancor
É fiel e experiente
É sedutor
De corações carentes...
Sonhador de alma cigana...
Engana!

O amor de um poeta
É perfume inebriante
Apenas por um instante
Às vezes tão amante...
Inventa!

Uma vez mais
Sem desejos,
Jamais experimenta a hora
Do amor verdadeiro, e...
Chora!

Por derradeiro entrega a alma
ao universo inteiro!
Restam falsos anseios
por um amor passageiro...

Em rimas obtusas se confessa...
- Refém das musas, de ninguém mais!
Promessas, promessas...
Haja lágrimas. De quem?
Também esquece...

Por todo o mundo
Seu amor fenece
Em abismo profundo...
Será esquecido também.

Todo o seu egoísmo
Morrerá mil vezes mais
Aquém de nós...
Resta pois seu narcisismo,
O seu destino selado
No silêncio de sua voz...

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