Algures na brava costa portuguesa
Que a invernia torna mais agreste
O mar batido a ventos de nordeste
Uma caverna fez nessa rudeza
P’la fraga desventrada Eolo brama
Sibilando de fúria incontrolada
Misturando-se aos sons da passarada
Que o abrigo da fraga mais reclama
Pobres gaivotas que perdem o norte
Quando do mar lhes chega a tempestade
E na caverna se salvam da morte
Quanta razão maior nesta verdade;
A natureza é feita de tal sorte
Que é deslumbrante a sua divindade!
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