Enamorou-se...
Encheu teus olhos de desejos
e colheu-me do ventre da terra...
Fui o arabesco que envolveu o teu corpo
e o azul do teu olhar fez-me peregrina
dos teus caminhos...
Depois de fazer-me sentir um ideal
quimérico de uma existência
em tuas mãos macias, deixou-me
num altar em vaso de cristal,
tal qual uma pedra preciosa... intocável...
Sufocante liturgia...
Devolva-me!
Não quero teu altar como moradia...
Desejo voltar ao meu
vôo matinal com as andorinhas,
voltar a viver...
Sem comentários:
Enviar um comentário