Maldigo todos, que entregam ao abandono
E à mendicidade, velhos e pobres crianças
Roubando-lhes desde cedo as esperanças
Duma vida melhor, sem algozes nem dono
Como é triste de se ver aí pobre compondo
O seu carrinho de lixo, aludindo às alianças
Lá vai ele cabelo desgrenhado com tranças
Que por onde passa causam gran estrondo
E os meninos de rua seguem-lhe os passos
Mordiscando bocado de pão, caído no chão
Quereis velos nas lixeiras estão seus traços
Os meninos pedem para pais alcoólatras vis
Os velhos, largados plos filhos, sem coração
Andam cá e acolá, parando junto aos jardins
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