sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

FEITICEIRA ALADA

Ah, musa louvada, que estranho encanto,
É este, que recai por sobre mim e entanto
É benigno, banhando-me em águas frias,
Com tuas mãos feiticeiras, já com estrias.

De tantos pecadores os teres submergido,
Fiquei eu como o que não quer ser ungido
Mas, a tua doce voz, muda minha conduta
E submetendo-me, no ar deixo a pergunta:

Que estranha áurea é essa, que intenção,
Levas tu a quem se perdeu, triste coração
Que, não sabendo de si, em ti se perdeu?

Estranha forma de ser, é este o teu fado!!
E eu, se ontem e hoje e sempre a teu lado
Me encontro, é porque teu amor excedeu.

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