Um anjo, hoje, caminha perdido,
pelas picadas rasgadas na mata,
as asas pesadas, já exaurido,
prisioneiro da dor que o maltrata.
Uma face insiste em o perseguir,
arrebatando os seus pensamentos,
emoções duplas fazendo-o sentir,
mixando no seu peito sentimentos.
Ah, essa face outrora bendita,
perdida nas brumas do passado,
lembrança presente d'uma desdita,
ao ver o mundo, no verso, virado,
a face da natureza perdida,
morta no fogo, que come o cerrado.
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