segunda-feira, 21 de maio de 2007

Soneto LXI

Não é a tristeza,
mais que uma flor murcha
que a turgescência perdeu na insensatez
ora da natureza (que seu leito ocupa)ora do coração, que não se satisfez.
Não é plantio que dê a alguém,
prazermas é a colheita do que alguém plantou
não colhe o ser, sonhos de paz e bem
aquele que tanto um coração sangrou.
Do engano de si próprio, a tristeza
abre suas asas a envolver a alma
fazendo ali seu ninho em realeza.
E rompe o tempo, mentiras e verdades
a sufocar o ser que bem a cultivou
não vem da tristeza, a tal felicidade!

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