sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vestindo-me de Adeus

Baila nos recônditos da alma... a despedida.
Levo no peito trechos de uma bela história...
Notas repetidas de uma canção tão bendita...
Que jamais... poderei apagar da memória!...

Foram tantos verões e invernos de amor...
Paixão ardente... beijos... promessas e juras.
Hoje, na clausura tento expurgar a minha dor...
Lavando com lágrimas todas as desventuras...

Vou como quem morreu cedo sem saber...
Caminhando sem rumo certo... sem porto...
Andando... respirando... vivendo por viver...
Buscando uma mão amiga... um conforto....

Pressinto um rosto que jamais poderei ver.
Um olhar... que nunca mais irá o meu fitar...
Grita... geme e se debate... todo meu ser...
Mergulhado num rio... sem poder ancorar.

Tanto me dei... o melhor de mim entreguei...
Era tudo tão belo, tão perfeito, tão concreto...
Sequer notei.. que deixei de existir, me anulei!
Aceitei do sofrimento o desumano decreto!...

Visto-me de adeus... da inadiável partida...
Escondendo do mundo tão dolorosa ferida.
Nada espero, nem atenção, nem guarida...
Chegou o dia... tudo tem um fim nesta vida!

1 comentário:

Janinha disse...

Amei teu blog...

espero q goste do meu e m siga tbm bjuu