Caminho pela cidade
Olhar perdido
Alma em revoada.
Não quero nada
Nada peço...
Apenas que esse peso do meu corpo
Se dilua feito fumaça
E se afaste
Sem precisar mais voltar.
Estou tão cansado
Desse mundo sem qualquer apreço.
O amor anda agonizando por todos os cantos
A violência proliferando
Agigantando-se em suas garras imensas.
Os valores foram todos jogados no lixo
E o lixo se encontra tão cheio
Que já dá sinais que nada suporta.
Tantas manchetes sangradas:
Crianças mortas depois de serem usadas,
Massacre em massa,
Natureza achincalhada.
Homem mentindo deslavadamente
No intuito de ganhar seu lugar ao sol
A qualquer preço.
A decência foi expulsa
Já não tem lugar nessa terra tão corrompida
De valores efêmeros agora
De tantas dualidades.
O certo deu lugar ao errado
E esse prolifera demasiado.
Pais agredidos por filhos desalmados
Filhos esquartejados por pais desajustados;
Sem qualquer dor ou pudor.
A vida pede socorro
E eu morro...
Caminhando pela cidade
Vendo tanta imundice
Entulhos de gente...
Caminhando ao meu lado.
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