terça-feira, 5 de outubro de 2010

SOBRE O AMOR

Amor é o alimento da alma. Amar faz as pessoas felizes e mais compreensivas. No amor deve haver cumplicidade e irmandade mesmo quando as conversas divergem deve-se dar vez ao entendimento e deve-se ser flexível o bastante para ultrapassar um momento menos bom numa relação. Às vezes o silêncio é necessário para que se prepare o arrebate do amor e que este duplique de emoção. Saber olhar olhos nos olhos é importante para se conhecer a fundo o que vai no coração da pessoa amada e desejada. O amor é o mais que tudo e deve caminhar de mãos dadas com a felicidade, enfrentando a realidade com um sorriso nos lábios e muita coragem pessoal.
No amor não há lugar há desigualdade, somos um todo por inteiro compartilhando todos os momentos do dia-a-dia da relação amorosa. Há que repartir o amor e apresentar surpresas a cada instante, de maneira a dizer presente e que se pensa carinhosamente na pessoa que se ama como tudo o que se comparte de boa índole. O amor deve falar e explanar todos os sentimentos divergentes de duas pessoas, que, no fundo, são diferentes na sua personalidade.
Quanto mais se actuar neste plano maior a aproximação e o sentimento de bem-querer, que é o que o amor necessita para crescer e fazer o seu ninho amoroso. Amar é sorrir mesmo quando a tristeza nos acompanha e contar com a presença do outro para nos ajudar a sair desses sentimentos menos aprazíveis. Quem ama crê e é devota a esse amor, que deve ser repartido e participativo. Deve-se conjugar as diferentes formas de ser de dois seres humanos para dividir o sentimento de “posse” que não é autoritário nem confrangedor. O amor é um sentimento de grandeza, as pessoas sentem-se livres apesar de viverem conjuntamente. Deve-se ser humilde o suficiente e flexível para que esses sentimentos acompanhem os dois amantes a toda a hora e em todas as situações de um amor partilhado. Amar é recusar o isolamento de uma pessoa, que conjuga
no outro o seu bem maior e divide com ela o seu bem-estar.
Intimamente ligados por um cordão invisível fazer o bem para felicidade do outro é um sentimento comum. Quem ama nunca é maçador mas por conseguinte sempre inovador e abrangente. Amar é recusar a solidão e o perturbador estado de se sentir desacompanhado e incompreendido, enquanto ser humano na sua plena posse intelectual. Quem ama afasta o egoísmo e o egocentrismo relativo e por vezes preponderante à pessoa. Amar é ser solidário, saber escutar e compreender a outra parte, que, diga-se, é diferenciada, mas que se vai casando com os sentimentos um do outro. É a chamada cara-metade e até o cheiro corporal transita de uma pessoa para a outra de tão semelhantes que se aproximam como um ser único apesar de manterem a sua personalidade própria. Amar é estar de bem com a vida e com o que rodeia os elementos em causa, é saber perdoar e não ser perdulário nem desencantado. Em detrimento do medo inerente a quem divide a sua vida com outra pessoa deve-se passar um sentimento de coragem e de compreensão natural. Amar é um presente da vida, que se deve levar pela vida afora, contra tudo e contra todos.

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