quinta-feira, 7 de outubro de 2010

CÂNDIDO OU O OPTIMISMO

A inocência é a mente sadia de uma criança, ainda sem preconceitos nem estigmas que vitimiza as pessoas, que são postas de parte, por razões que o bom senso não aconselha. Um amigo nunca é demais e inocentemente compartilha a sua brincadeira com o amigo do amigo. A inocência não é de todo orgulhosamente só, acarreta consigo o bem-estar e o bem-querer e partilha-a de bom grado com os outros indivíduos. A inocência requer um bom estado de espírito e um comportamento nada antagónico, a amizade vem sempre em primeiro lugar com isenção de culpa.

Ignora o mal e é pura no seu estágio mais avançado, secundada pelo altruísmo. A inocência é cúmplice de seu protagonista e tem simplicidade e ingenuidade. Não é fraca, apenas é unânime e única como um dos melhores sentimentos humanos, que se pode praticar e usufruir. O estado de inocência é solidário e sensacional, não sensacionalista. A inocência é muitas vezes confundida como perdulária e por causa dessa confusão sofre de abusos extras, por parte de pessoas de má índole e de personalidade duvidosa. O inocente é muitas vezes culpabilizado pela má conduta de outrem, tendo como agravante o não se saber defender, pois que ninguém o entende, ou faz por isso.

Quantos inocentes não são postos à prova, indo presos sem culpa formalizada ou testemunho credível. Quando são ilibados, depois de anos na prisão, quem lhes devolve a liberdade perdida? Cândidas e optimistas as pessoas inocentes têm de mostrar a todo o instante o seu estado de imaculadas. Perseguidas e má interpretadas vêem a sua inocência ser denegrida, por pessoas de mau carácter. A pessoa inocente é pura e faz dessa pureza o seu modo de vida, sendo no entanto incompreendidas, pela sua castidade acima de qualquer suspeita. A inocência está para as pessoas como as flores estão para o campo, ambas crescem a meio de sua ignorância para o mal. A todos respeitam com uma simplicidade comovedora, são prestáveis e qualificadas de ingénuas, o que não faz delas pessoas menos inteligentes.

Plácidas e pacíficas é de costume serem tratadas como ignorantes, por indivíduos de má índole e má formação congénita. São pessoas sossegadas e para além de tudo o que escrevi acima, têm muitos amigos verdadeiros, que dão a sua vida por elas. Tementes a Deus fazem de sua crença a fé que os estabiliza e fortifica. As pessoas inocentes são tal qual as crianças, a nada julgam mal e para todos reservam uma palavra de candura e um acto de fidelidade. Para além de tudo são bem vistas pelos seus congéneres e semelhantes, nunca guardando rancor, mesmo quando são vítimas de difamação e imprudência. A inocência é uma criança “grande” que não se esquece de suas raízes e das pessoas que querem bem, ao qual dão muitíssimo valor. Apaixonadas pela natureza vêem com bons olhos tudo o que está ao seu redor e próximo a elas. Estão sempre ao dispor de tudo e de todos não quantificando os amigos e vizinhos, à sua semelhança. A inocência é a virgindade dos que são puros de alma.

Sem comentários: