quarta-feira, 12 de maio de 2010

AMENO

Aquela figura altiva,

Impunha-se de maneira suave.

Seu olhar penetrante não ofendia,

Era um complemento das suas palavras,

Que saiam da sua boca como um poema.







Suas mãos grandes e gentis,

Segurava e ofertava,

Como a mais leve brisa.

Seus braços fortes e queimados pelo sol,

Abraçavam como um ninho reconfortante.







Sua estatura alta,

Não se sobressaía aos demais.

Pois a sua doçura nivelava-o a todos.

Era um gigante aos grandes,

E pequeno aos menores.







Suas pernas longas caminhavam...

Mas seguia a velocidade dos demais.

Se precisasse, voltava para ajudar,

E novamente estava à frente.







Não era um líder, mas comandava.

Seu tom de voz não era alto,

Porém ouvia-se ao longe.

Ela não agredia, apenas convidava.







Eu já tinha ouvido falar sobre ele.

Era filho daquele lugar,

Morador das estrelas,

Amigo dos viajantes,

Que caminhavam por outras estradas.







Era conhecido pelo nome de AMENO.

Uma mistura de latim, grego e árabe.

Porém, ele conhecia todas as línguas,

Falava à todos no mesmo idioma.







AMENO, era o seu nome.

Homem do deserto e das cidades.

Tinha a voz do silencio,

Que todos ouviam.







Tinha no coração,

O amor que todos almejam,

Nas palavras o dom de encantar,

Nos gestos, a maneira de servir.







Quando fui convidado a conhecê-lo,

A lenda já estava a sua frente.

Os homens o endeusaram demais.







Mas ali, na sua frente...

Podia sentir no ar o encanto,

A essência do homem,

A vibração da energia,

O poder divino sublimado.







Quando fui a ele anunciado.

Meu coração disparou.

Um misto de perplexidade e medo.

Ele parou, e voltando-se para mim,

Olhou-me e disse:

- Você veio finalmente,

- Seja bem vindo,

- Apenas siga-me.







AMENO, é o seu nome...

E estou aqui,

Como tantos outros,

Iguais a todos,

Seguindo-o







AMENO, é o seu nome...

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