quarta-feira, 26 de maio de 2010

AMOR COMO ESTE

Enfeito o teu cabelo com nardos
e sândalos para que pareças ainda
mais bonita do que já és
para mim e para o meu coração

apaixonado por essa tua maneira
singela de ser sem vaidades
nem protagonismos que o teu condão
é seres humilde como tudo o que

respira profundamente num só
fôlego trazendo-me bem-estar e
bem-querer aos meus dias de silêncio
incontido que só tu podes reavivar

a vida que há em mim. E sorris para
mim e eu sorrio para ti numa
cumplicidade de dois amantes que
se querem na distância vadia.

E quando contigo estou tudo vale a
pena se a alma não é pequena
e te visto de linho e de malmequeres
junto à fonte onde pousas teu

cansaço pousando a jarra da água
pés descalços por sobre a relva
enquanto eu me deleito na
admiração por vista tão bonita.

Diz-me que és minha e eu serei teu
eternamente não me importando
com o que se passe comigo desde
que contigo esteja de alma rubra.

E assim enfeitada és uma fogueira
que arde sem se ver, com toda a
fúria de mil sóis a fazer-nos despertar
para o amor comum e solícito.

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