segunda-feira, 31 de maio de 2010

DEIXAR A DROGA

Estigmatizado pela vida que levava
das drogas o meu flagelo principal
deste pesadelo não mais acordava
de mim fugia e de todo o mal.

Sozinho neste mundo de terror
calçando estradas ruelas e ruas
vivi em perfeito desamor
sofri as dores da alma quase nua.

Não passava de um boneco de lama
que tudo que era meu me foi roubado
à noite não sossegava na cama
tal as dores que me tinham acordado.

Deambulando meus passos miseráveis
procurava o dinheiro onde pudesse
que as somas era grandes e consideráveis
para quem nesta vida lá aprouvesse.

Pesando quarenta e dois quilos de gente
vi-me obrigado a pedir comida
meu estado era de um estado urgente
se queria desta vida levá-la vivida.

Até que um dia já sem veias pra procurar
percorri meu corpo de agulha em riste
Como se não houvesse onde encontrar
no pescoço me injectei como tudo que resiste.

E chegou o dia da minha comunhão
para com a vida que sói destruir
apelando apelei ao coração
que desta vida me fizesse desistir.

E assim foi num belo dia de sol radiante
que eu gritei nunca… nunca mais
esta vida não mais levarei avante
serei livre como no céu vejo os pardais.

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