sábado, 22 de maio de 2010

COISAS SOBRE MÃES E FILHAS

Nunca alguém conseguiu explicar o porque dos desentendimentos que quase sempre ocorrem
entre mães e filhas. Acontece que por vezes as mães se esquecem que já foram filhas,
e estas ainda não sabem o que é ser mãe...

As mães se esquecem de todas as dificuldades de relacionamento que viveram.
E as filhas sequer imaginam que ainda vão viver tudo isso.
Precisa-se levar em conta que para as mães as filhas nunca crescem. São sempre aquelas
menininhas que sempre pediam para que a mamãe resolvesse seus problemas.
E as filhas sempre já se consideram lidimas donas de seus narizes.

Quando crianças, as meninas sempre vêem as mães como suas "ídolas".
Espelham-se nelas para tudo. E as mães acham que será por toda a vida assim...
Então, as mães se acostumam a ser requisitadas para tudo. Qualquer dúvida, a mamãe esclarece.
Para qualquer problema, consulta-se a mamãe, que tudo sabe, tudo resolve.
Só que a mamãe se esqueceu de passar a sua menininha "dentro da asa do tacho", e ela,
infelizmente cresce. Vira adolescente. E é aí que a porcatorce o rabo, e começam os problemas.

Logicamente a ex-menininha começa a ter idéias próprias, começa a ter suas amizades, a
conversar com pessoas com outras idéias, e começa a fugir da "proteção materna". E esta reluta sempre em acreditar que a menina não é mais uma menina. Está saindo de dentro do ovo, e não
quer mais aceitar as idéias agora ditas "ultrapassadas", e que até pouco tempo atrás eram
verdades absolutas. Claro que a mãe se recusa a aceitar essa mudança, e então começam as
primeiras crises domiciliares.

A situação pode se agravar com o aparecimento do pior inimigo das mães, que é aquele monstro perigoso chamado "namorado" , que surge, querendo marcar o limite de território, e a guerra então
está declarada. A ex-menina não quer mais aceitar a ingerência materna, que por sua vez não
aceita o "narizinho empinado dessa fedelha" .

A situação não precisa chegar a esse ponto que, felizmente não é mais tão comum.
Basta que, ao notar que a menina está crescendo, a mãe comece a dialogar cada vez mais com ela.
Ao invés de ser a "toda poderosa que tudo sabe e manda", ela deve começar a ser a amiga da filha. Aquela a quem a menina pode fazer confidências, que sempre está pronta para ouvi-la e trocar idéias
e informações. Principalmente informações, o que se consegue sempre através de diálogo, da troca
de idéias. É preciso conhecer bem o que começa a passar por aquela cabecinha, já não tão oca...
Há que se entender que ela tem necessidade de novas amizades, conhecer outras coisas, só com
a troca de idéias pode se evitar muitos problemas, e assim, transformando-se numa aliada da
garota, passando a ser sua amiga, trocandoconfidências, evitam-se muitos desentendimentos,
e pode-se ver que a coisa não é tão feia assim. E se por acaso a situação já estiver deteriorada, o melhor a fazer é procurar um diálogo. Nunca é tarde para que se inicie a trégua, e assim descobrir
o ponto de desentendimento.

As coisas não se resolvem através de imposições, nem do famoso "eu sei o que é bom para você".
E onde fica o livre arbítrio? Muita conversa, gente, ainda é um bom remédio.
Bem, não sou mãe e nem filha, mas fui um observador atento de muitos casos semelhantes ao que
foi acima dito, e com resultados os mais diversos, e justamente por causa da falta de um bom
diálogo, muitas mamães foram precocemente promovidas a vovós, sem falar em problemas outros
que podem surgir por causa desse distanciamento entre mães e filhas...
Sem duvida alguma, os melhores resultados foram conseguidos com a palavrinha mágica:
DIÁLOGO.

Então, dialogando bastante, espero que tenhamos UM LINDO DIA.

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