terça-feira, 25 de maio de 2010

MEUS OLHOS DE MAR

Meus olhos de mar
desaguam nos teus
e a rosa purpurina
alça voo com o vento.

Vai até onde é o nosso
amor e lá se deposita
à espera de um afago
de uma mão solitária.

Andorinhas rasam a
janela de meu quarto
e parecem elogiar
meu ser alegre e vivo.

Chamo-te para o pé
de mim para que
contemples a beleza
que a natureza nos dá.

De mão dada andamos
como dois namorados
que se querem muito
bem quando acordamos

da ilusão de nosso ser
amado e buscamos na
realidade o que seja
uma verdade nua e crua.

Quem diz desta água não
beberei quando tudo
é homogéneo e recíproco
com as águas de uma fonte?

Teus cabelos revoltos
cingem-te a nuca
e desmaiam por cima
de teus ombros.

Acordo para o sonho
muito antes de me saber
e és tu quem me espera
junto à colina dos silêncios.

E escutamo-nos de frente
de olhos nos olhos
sorrindo ao nosso bem
-querer que nos fala.

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