Chove chuva, lava esse corpo cansado,
molhado do suor, do trabalho árduo
construindo aos poucos o que possuo.
Lava essa terra já seca das angústias
passadas no clarão dos rostos pesados,
sem ter como alimentar seus filhos.
Lava a alma deste pobre coitado que,
olhando para o céu, já não sabe o que
pedir a Deus, só suplica por paz.
Lava meus pés, mas não tira a terra debaixo deles.
Não tira a pouca luz que trago no meu olhar
já tão perdido, nessa imensidão que chamamos de terra.
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