quarta-feira, 9 de maio de 2007

Soneto L

Eu posso ver, as noites eram tão frias
na infância, de pés enregelados
a dor maior, que minh'alma criança sentia:
não entender as diferenças ao lado.
Meus olhos grandes, que a tantos atraíam
buscavam à minha volta,
ímpar razão que explicasse o que eles mais sentiam
aquela dor que castigava o coração......
ao pousarem na minha mãe cansada
tão isenta de sonhos,
tão sem nada, enquanto outras mães eram rainhas.
Porquê não, a minha?
Ela tanto merecia!
Bela, forte, corajosa... eu não sabia...que era preciso mais, pra ser rainha!

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