Quando, de trás da serra, o sol me espia,
Trazendo mornos seus primeiros beijos...
Do sabiá vou escutando arpejos,
Que compõem a mais linda melodia.
Há um certo mistério no seu canto,
Cheio de encanto e de simplicidade,
Que me faz, cá distante da cidade,
Não ver na vida qualquer desencanto.
Quando ele chega saltitante e canta,
A minha alma quase não resiste,
E todo o meu viver, no amor, se encanta.
Cante seu canto sabiá enquanto,
Eu sinto que já não me sinto triste,
Porque seu canto me sufoca o pranto.
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