segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vida

Quando sou vida, espero a vida,
enquanto os pecados não me assumam
em um amanhã incerto, mas necessário.

Quando estou só, sou pedra bruta,
finco meus pensamentos na terra firme
e me mudo para dentro da solidão.

Quando sou noite, evito a morte,
talvez queira matar o meu corpo,
levando a alma para outro pecador.

Quando sou sorriso, quero um beijo
ou ao menos um abraço de corpo inteiro,
malicioso, quente de algum sentimento.

Quando sou prazer, fico amante,
ereto, exalando hormônios pelos suores,
até que me tome e me dê um êxtase.

Quando sou vida, sou só um homem,
seguindo cada pedaço do dia e da noite,
amado um Deus, os detalhes, a voz, a carne.

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