segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sou apenas um

Acordei as flores do jardim do vizinho,
abri as ruas da cidade que havia perdido,
caminhei um coração e um corpo,
de fazer amor, apaixonei por me escolher.



O dom deu uma passadinha pelo desejo,
tudo é sem código, a paz, a alegria, as mãos,
uma promessa derramada depois do gozo,
até que uma claridão de sentimentos explodiu.



A vida é só um momento depois que nasce,
a paz nada mais é que um coração vazio de tudo,
um branco vagando a esmo pela vida,
trazendo pequenas coisas amarradas ao peito.



Bem-aventurados os amantes que ama o amor,
carrego nos olhos o sorriso dos sentidos,
nas mãos a voz do prazer que toca o corpo,
sou um, minha alma, meu Deus, meu amor.

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