segunda-feira, 1 de novembro de 2010

REFULGENTE QUADRO

De algodão vestidas, nuvens
esparzam-se,
no suave toque do azul do céu.

Apesar do sol e do azuláceo,
uma tímida brisa,
agita-se nas folhas das árvores.

As flores estão abertas, expondo
suas corolas,
que lançam finos olores para o ar.

Leve, levemente, vai o rio no seu
lento caminhar,
rumando vagarosamente para a foz.

Ouve-se o gorjeio dos pássaros,
que encantam,
com seu canto, as pessoas que se passeiam.

Passam carros e aviões,
no dia-a-dia
das gentes, aglutinadas em fábricas.

Espirais, de fumo branco,
espargem
das chaminés e das taças de café.

Vindas de um pequeno bar,
onde se saboreiam
líquidos mediterrânicos e suas comidas.

Cá fora gatos tentam alcançar
borboletas,
que esvoaçam sua graça rodopiando no ar.

Risos de crianças, jogando seus
jogos,
espalham-se no éter, adormecido.

E assim criei um quadro, desenhando
versos,
nas ampolas de meus dedos.

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