sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Criterium

Impossível propor princípios ao ser humano,

haverá consciência, mas não personalidade,

as esperanças são deixadas do lado de fora,

buscamos provas e afirmações para o espírito,

difícil contentar nossa crença e nossa carne.





As convicções extinguem o respeito ao culto,

viramos lembranças de uma religião qualquer,

o espetáculo que nos leva aos túmulos dos loucos,

em uma volta impiedosa de uma falsa caridade,

fazendo viajar partes de infernos com cara de céu.





A todos direi: Meu silêncio tem formas e cores!

Sobre minha fronte uma marca, não sei se de Deus.

Mas, dir-me-eis, vague por entre crenças e templos,

manifeste teus desejos mais puros e pague,

o domínio tem preço, a despeito, também fraudes.





A cinco mil anos, um milênio, nos anos de sempre,

a cada morte reinventamos os credos e as portas,

numa ousadia impar construímos caminhos fáceis,

com alicerces de palavras vãs e promessas bobas,

ignorando os conhecidos, os milagres e a fé.





Sou humano de uma forma nada perfeita de vida,

tenho tentações bastante singulares, isto é real,

mas tenho critérios, creio na maioria dos deuses

e em um, o meu, aquele que sou, porque sou vida,

uma espécie de testemunho da minha própria alma.





Os possíveis são homens amarrados aos seus medos,

desgraçadamente pseudo-s profetas lhe prometem vida,

corroendo cada pedaço da matéria de almas doentes,

julgando e condenando cada individuo a um inferno,

perdoando almas e abundando-se de tuas riquezas.

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