quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O SOL QUEIMA LÁ FORA

O sol queima a erva deixando-a
amarela e dá um toque suave no
rio lá mais em baixo.

Este corre tranquilo e sereno para
a sua foz, que fica depois da curva
de minha janela aberta.

Meu passarinho canta hossanas à
vida, na acolhedora sombrinha
deste lado do prédio.

Nota-se de que está feliz e contente
por morar numa gaiola enorme
que faz as suas delícias.

Dirijo-me à janela para fumar um
cigarro depois de um gole de café
fresquinho.

O sol está realmente abrasador e
até a aragem é de um bafo quente
que nos deixa sem reacção.

Afinal por que resmungar estamos
no verão, logo altura de muito
calor e seca.

Pobres dos agricultores que se vêem
sem água fresca e necessário
às suas culturas.

Isto apesar das barragens que no
entanto não alcançam toda a terra
ressequida por este sol.

Escrevo para me olvidar deste clima
quente e confrangedor
e assim me distrai-o.

Sem comentários: