segunda-feira, 4 de outubro de 2010

AMIGO ESSE SER EM EXTINÇÃO

Ter um amigo é um acto de responsabilidade a que nem todos estão aptos a

suportar, por falta de tempo ou de interesse.
Cada vez é mais difícil encontrar amigos a sério que se comprometam com os

outros, é mesmo restrito a componente de dois amigos que se entendam e

compreendam e aceitem o seu amigo como ele é, com suas coisa boas e menos

boas, sabendo de antemão que ninguém é perfeito e que o ser humano é passível

ao erro, por mais que tentem crescer e aprender a julgar-se e a agradar ao

seu amigo.
Não falando de amigos mas de vizinhos, estes comportam-se como anti sociais e

avessos a serem nos outros o que eles gostam que sejam para eles. Não há mais

o simples “bom-dia” ou o “cumprimento de mão”, ou sequer um “olá, como

está?”…. Vandalizaram a palavra amizade e não raras as vezes é a falta de bom

senso que comanda o dia-a-dia dessas pessoas, arranjando zaragatas por tudo e

por nada e por conseguinte o deixarem-se de falar mutuamente e em definitivo.

Se já era difícil o relacionamento este tornou-se insuportável, pois as

pessoas vivem para caírem nas boas posses dos outros, os ricos ou os que têm

mais que eles, e engalfinham-se até conseguir mostrar que também possuem os

requisitos necessários a entrar na
média, alta sociedade. Não importa que passem fome em casa, que andem sempre

com a mesma roupa o que interessa é ter um carro e ir passar férias aos

lugares mais dispendiosos. No reverso da medalha está viver a vida ao

desbarato
e sem bom gosto nenhum, que os compare àqueles que eles tanto anseiam. A mim

parecem-me palhaços sem graça nenhuma, com todo o respeito pela linda arte de

ser palhaço, esses que riem chorando e de uma grande entrega total, humildade

e altruísmo. Os amigos de hoje em dia são os chamados amigos da onça que

choram lágrimas de crocodilo ao degustar esse preceito tão bonito que dá pelo

nome de amizade. Há determinadas causas que fazem com que os amigos sejam uma

raça em extinção, e nelas se conta o pouco empreendimento para cimentar essas

boas relações. Tudo isto é subjectivo e é uma opinião própria mas
contam-se pelos dedos de uma mão os verdadeiros companheiros. Aqueles que

despem a sua camisa para dar ao amigo num alto grau de significação. Vão-se

os dedos ficam os anéis, de pechisbeque diga-se, pois não têm dinheiro para

se compararem aos seus ídolos, falo dos novos-ricos.
E é por isto que se perdem os amigos? Mal aventurados sejam e que lhes seja

negada a máscara da falsidade e do egoísmo e cobiçoso desempenho, dos que
tentam a todo custo parecer-se com o que nunca virão a ser.
Lembro-me ainda muito bem de ir de férias com os meus amigos e os amigos dos
meus pais, a felicidade que era, por um ter carro que nos levasse até onde

chegasse o sempre parco dinheiro. E divertíamo-nos e gozávamos e um sorriso

sempre se desprendia dos lábios, tal o bom entendimento e a sensação

inimitável que é ter amigos. Cresçam e aprendam criaturas cobiçosas!

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