quinta-feira, 8 de abril de 2010

BEBENDO DO TEU NÉCTAR

Beijo teus lábios de céus e de mar
encanta-me a sua suave brisa
que eles encerram semicerrados
ao encontro do fortuito beijo
enquanto eu fecho os olhos
e lhe tomo o gosto agridoce.

Subindo um pouco mais beijo-te
a fina testa em sinal de respeito
como pequenos estalidos
que lá perdurassem
deixados pelos meus lábios
e aí permanecessem recordando.

Por agora descendo beijo a
tua nuca, afastando o cabelo farto
e numa volta redonda
achego-me ao pescoço
e aí permaneço brincando
de menino embevecido.

Sou sombra que escorrega pelos
teus seios
e levando meus lábios até eles
me perco nos seus sentidos
apurados e aprumados
que o desejo se encarregou de deixar.

E quanto mais desço mais me
aproximo de ti
primeiro arredondando o umbigo
com a ponta da língua
e chegando enfim à tua estrela
é dela o néctar que beberei.

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