quinta-feira, 25 de março de 2010

SOZINHA

No alvo murmúrio da manhã
nem mesmo a estação se define,
sol, chuva, frio, eu e meus
ecos nítidos reforçando a minha
vida solitária, sem alguém
e sem ninguém...
Sozinha...
Faz tempo essa agonia,
vem de longe
minha história sem data,
sem cor... ainda tudo está no lugar,
tesouros perdidos noutro tempo...
Sozinha...
Há pó nos degraus... desenho...
Quintal sem paisagem...
Dezenas, centenas de folhas
espalhadas... escrevo algo e,
cansada deito-me sobre o pó...
Silêncio inesgotável que se
quebra com o ruido de
antigas pétalas caindo lentamente...
Eram amarelas...

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