segunda-feira, 22 de março de 2010

Poeta sem nome

Meu destino tem o tamanho do meu prazer,
a força de mil trovões,
o carinho de milhares de mãos,
apenas em um único homem, o poeta.


Não tenho medo de sentir medo;
a morte trato-a no plural da minha vida,
levanto minha cabeça ao acordar,
todas as minhas metades são de amor.


Quero não mais respeitar uma certa solidão,
que não me ouça a noite, irmã da lua,
preciso me compensar dos tantos dias negros,
são poucas horas de luz para quem tanto ama.


Deixo minha estrada para algum outro solitário,
deixo todos os carinhos que um dia reservei,
deixo todos os amores que um dia tentei querer,
deixo meu corpo insano, assim poderei me amar.


Um dia lembrarão do poeta que não mais escreve,
seus gritos serão apenas desenhos nos papéis,
todas as letras tornaram a ser saudades, se um dia...
Se um dia lembrarem... Seu nome? Apenas poeta!

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