segunda-feira, 22 de março de 2010

Somente poeta

Não peça que eu voe,

sou um poeta da lida,

minhas letras são grades,

minha janela é a vida.





Sinto os sonhos antes de dormir,

como ondas de vento frio,

antes vem o amor,

como água que corre o rio.





Volto o corpo ao sol,

como se embriagasse de manhãs,

bebo cálices de luas,

uma ou duas, como se fossem de maçãs.





Amarrem minhas mãos,

escrevo com olhos que amo,

desenho o nu que respiro,

o nome que na noite eu chamo.

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