quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Menino de Rua, Menino-fome

"Menino de Rua", de olhos tristes,

Mente deformada por mil interrogações,
Sem rumo, sem caminho indefinido.

“Menino de Rua”, passarinho perdido,
Visto com indiferença!



Por que o mundo lhe é tão adverso?

Creio que o seu deus é o deus da descrença

Porque o seu problema é a fome.


Não adianta lhe convencer com conversas,
Ele é triste porque tem fome

De alimento e de carinho.



O “Menino de Rua” não tem noção

Da hipocrisia e da arrogância que o rodeia
Ele é a própria humildade...


Parece que lhe é difícil estender a mão!
“Menino de Rua”, que não sabe ler

E nem escrever o seu nome.



“Menino de Rua” que nada pede para si,

Ansioso, quer saciar a sua fome.

Menino, fruto de um mundo corrompido.



Menino-tristeza, menino-sem-nome!
Sei que o seu horizonte é a incerteza,
Dá dó o seu olhar triste,
Menino- fome.

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