O coração, às vezes quer falar...
Porém, sua condição não lhe permite.
Cala-se, então, sofrido, a martelar,
sem compreender porque tanta maldade!
O coração, às vezes tem saudade,
da relva verde molhada de orvalho,
tempos vividos com felicidade,
que a gente não pensava ver o fim...
O coração, às vezes é assim:
Um bobo a declamar as suas trovas,
andando à esmo por ruas sem fim,
a rir de tudo sem qualquer razão.
Mas vezes há, em que esse coração,
a contorcer-se, grita, injuriado,
pedindo que lhe poupem da ilusão,
de que esse mundo não está acabado...
Que o ser humano, ao bem, não disse adeus,
e usa, sem pudor, o seu irmão,
na tentativa infame de ser deus,
quando nem mesmo, gente, pode ser!
E segue pelo campo, já minado,
sem compreender porque sua luz não brilha,
a alimentar sua vaidade insana,
prestes a sufocar na hipocrisia!
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