Ainda criança, na "casa grande", que com meus pais vivia,
Eu via o encontro dos ponteiros do velho relógio
e as badaladas eu ouvia...
Eram as horas a contarem os meus dias.
Atormentava-me essa medição...
Eram as badalada das horas, tensa monotonia...
O tempo passa e deixa visível o seu rastro,
São as marcas das tristezas, dos desânimos,
Das venturas, das alegrias, das vitórias
E dos encanto dos amores...
Ingredientes perenes da vida...
Eximir-se dessas pegadas seria impossível,
Mas deveríamos apagá-las da nossa mente,
Exceto as indeléveis marcas do amor,
Refletidas na saudade...
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