O dia nasce e a estrada é longa,
O tempo passa e o presente é chama.
Há muitos sóis e luas e serenos
Até chegarmos à Terra Prometida,
De onde jorra o leite, o pão e o mel.
Dá-me a tua mão.
Pelo caminho, a noite, o vento e o frio
Serão somente frágeis desafios,
Pois o calor das nossas mãos em laço
Aquecerão os corpos antes que o cansaço
Ameace o sonho dessa estrada a dois.
Dá-me a tua mão.
E o sol ardente em vão fustigará
Nosso caminho feito de esperanças,
Pois nossas mãos unidas, enlaçadas,
Serão para nós, assim, como um regato
Em cujas margens descansamos nós.
Dá-me a tua mão.
E quando, enfim, cumprirmos nossa rota,
Serão só nossas todas as estrelas
Que nos guiaram ao longo do caminho.
E no aconchego da Terra Prometida,
Teremos, fartos, leite, pão e mel.
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