quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MÃE NATUREZA

Ah querida mãe,

como é grande meu lamento!

É tristeza infinda ver tuas lágrimas escorrerem lenta, no caule da árvore cortada, derrubada ao chão.

Como é grande teu sofrimento!
Ouço tua voz dolente,

sofrida, lamentando nas asas do vento.



É triste mãe! É triste ver o homem, por mera ganância ou esporte,

levar tua fauna e a flora, a agonia e a morte...

E as sobras,

reavivadas por mera sorte.



Que animal é esse,

que destrói a si mesmo?
Que cultua a guerra!...

Que ama destruir sua própria terra?...



Que animal é esse, mãe?...

Animal que declara guerra aos irracionais, briga contra o amor!...

Faz guerra contra os indefesos animais, desarmonizando o ambiente e a própria paz.



Que animal é esse, que polui as águas por puro prazer, em nome do progresso, ignorando o retrocesso, impondo-lhe um futuro de um inevitável sofrer?...



Que animal é esse, mãe,

que esquece o amor, a melodia e a canção? Que animal é esse, que empobrece a poesia, que tanto extasia a alma e o coração?



Será aquele animal sem amor?

Da tristeza, um hábil semeador?

Ou será aquele ser sem alma, sem nome,
destruidor da fauna, da flora,

cultivador da guerra e da abominável fome?

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