Ah querida mãe,
como é grande meu lamento!
É tristeza infinda ver tuas lágrimas escorrerem lenta, no caule da árvore cortada, derrubada ao chão.
Como é grande teu sofrimento!
Ouço tua voz dolente,
sofrida, lamentando nas asas do vento.
É triste mãe! É triste ver o homem, por mera ganância ou esporte,
levar tua fauna e a flora, a agonia e a morte...
E as sobras,
reavivadas por mera sorte.
Que animal é esse,
que destrói a si mesmo?
Que cultua a guerra!...
Que ama destruir sua própria terra?...
Que animal é esse, mãe?...
Animal que declara guerra aos irracionais, briga contra o amor!...
Faz guerra contra os indefesos animais, desarmonizando o ambiente e a própria paz.
Que animal é esse, que polui as águas por puro prazer, em nome do progresso, ignorando o retrocesso, impondo-lhe um futuro de um inevitável sofrer?...
Que animal é esse, mãe,
que esquece o amor, a melodia e a canção? Que animal é esse, que empobrece a poesia, que tanto extasia a alma e o coração?
Será aquele animal sem amor?
Da tristeza, um hábil semeador?
Ou será aquele ser sem alma, sem nome,
destruidor da fauna, da flora,
cultivador da guerra e da abominável fome?
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