Por que me olhaste daquele jeito?
Por acaso não sabias que meu coração te desvendaria?
Teu olhar feito canção fez-me alcançar
minha essência, retornando ao passado
das enigmáticas reminiscências do amor...
E tu? Também sentiste no teu coração
a mesma melodia das nossas
palavras caladas?
Daquelas que nos murmuravam
os toques mágicos de nossas
almas enamoradas?
E agora! Onde estás?
Onde está esse olhar que me vestiu
de luz, transbordando em prateado luar e que transportou-me para
outras esferas da existência?
Por que não vens aconchegar-te nas
nuanças de nossas fantasias, dos nossos
eternos carinhos transbordados em minhas poesias?
Vem amor e solta-te dessas amarras... Sacode as tênues diferenças, aninha-te no meu coração,
oásis de mil alegrias. Voa nas asas do teu sonho
que também são meus, e procura-me no
infinito do teu sentir,
onde sempre estarei, mesmo sem te aperceberes.
Entrega-te e deixa-me descobrir, docemente,
na paz branda dos teus segredos,
a minha fragrância espargida em ti.
Deixa as minhas mãos dedilharem
teu corpo despido de razão, vestido de amor e emoção e deixa-as sussurrarem-te minhas
sentidas ternuras, minhas magias
profundas, meus anseios contidos
neste meu universo de amor, onde
só tu habitas.
Sabe!
Mesmo que não venhas,
serás eternamente minha,
e se eu não beijar a tua presença,
abraçarei a suavidade e a beleza da
tua alma com o olhar puro da minha
essência, do meu caráter distintivo, bálsamo perfeito das dores de ausência,
por que tu serás, sempre, a melodia que canta
no meu coração, embalada pelas emoções
das nossas ternas e eternas lembranças.
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