domingo, 7 de fevereiro de 2010

Matinal

A janela amanhece preguiçosa

com o pipilo dos pardais.

O despertador acorda- à toa-

os sonolentos quintais.

Tento lavar minha preguiça

na água chocha da torneira,

sonhando, um dia,

tomar banho em gostosa e farta cachoeira.

Queria soltar as bruxas,

despir pesadelos,

desnudar-me inteira...

Bocejo escandalosamente,

acordo duma vez!

Embrulho meus sonhos

em meias,chinelos e roupão.

Teimo em alisar as rugas- mas em vão!

Desmancho mal e mal a remela.

O dia começou de vez.

Vamos abrir as janelas!

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