Ficaste tão aquém do sonho meu!
E agora vens pisá-lo com desdém,
Como se fosse terra de ninguém,
Este sacrário e o que me concedeu.
Foi tanto o sofrimento que verteu,
Nesse recanto que me fez refém,
Por isso não darei a mais ninguém,
Direitos que algum dia já perdeu.
Meu coração é um rico camafeu,
Do qual já não conheces o segredo,
Pois o entregaste ao teu vilão: o medo.
Hoje és somente peça de museu,
Exposto nas paredes do passado,
Que não merece ser nem recordado.
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