quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Transformação

E é no profundo azul desse meu mundo
Que versejo e te percebo bem no fundo
No imaginário e inefável solfejo a beleza
Unindo o calor das almas a nossa tristeza.

Num grande torpor onde despetala a flor
Por tanto amor e por angustia a uma dor
Vejo-te ali presente em preces e desnudo
Num deus que se transforma em escudo.

Ah, soberano, vira-te tudo, amor amigo
Que canta a melodia e esconde o ciúme
E transforma tudo em sinfonia madrigal
Nas serenatas que ofereces a melancolia.

E é essa melodia que canto nos meus dias
Num sonho tão leve da natureza hoje fria
Onde compensas os desenganos e planos
Transformando em beleza nossos danos.

Sem comentários: