quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Um dia...

Um dia abandonei meu corpo, o templo,

minhas roupas, meus desejos,

a forma de como aprendi a fazer amor,

as pessoas, os lugares que um dia passei.





Um dia notei que tudo era usado por outrem,

as estrelas, o céu, a lua, o prazer,

as palavras que tentei escrever,

a leitura onde indicam os caminhos.





Um dia atravessei o deserto dos pensamentos,

ousei amar, não sei se o fui,

as juras também eram usadas por outras,

como acreditar em um êxtase verdadeiro.





Um dia acordei a margem da minha vida,

não sei bem se estava fora do meu corpo,

o calor já não existia, nem sentimentos.

o prazer morreu, e junto, me levou a vida.

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