quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Sombra da lua

Eu, apenas um homem parado no centro do mundo,

nas minhas costas um sol que não aquece,

nos olhos, saudade de alguém muito longe,

e perto, o vento que traz recado do amanhã que volta,

os dias e as esperanças estão de frente pro meu hoje.





Quero um e outro amigo que se importa em voltar,

das casas com luzes em néon, como na china,

um amor planando meu sonho de amante,

como folha de arvores velhas que jamais conta ao vento

quantos anos têm, quantos outonos vão ficar.





Quero a mudança, o caminho com perfume de novo,

sombras ao longo do deserto que tenho na noite,

água que jorra forte da fonte e não dos olhos da amante,

eu não sei até onde posso levar meu corpo,

quem sabe um dia aconteça mudanças que me alegram.





Na noite tenho a lua como amiga, abraça-me inteiro,

como manto que agasalha, sombra que protege,

então, sonho que sou apenas um passaro grande,

voo pedaços de meus destinos e escolho um, talvez,

amanhece, quem sabe sou apenas sombra da lua.

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