Medo das fotografias do passado
Quando comparadas com as imagens
Do presente
Medo do escuro
Elevador
Avião
E dos rostos perdidos na multidão
Comprimidos no vai- e- vem
Das ruas
Medo dos personagens do medo
Criados para obter
Silêncio
Medo de omitir a felicidade
E dar espaço a amargura
Da solidão
Medo do gritar histérico do camelô
Na calçada tentando vender
Sua mercadoria
Medo da infância que retorna
Explicando traumas
Registrados no inconsciente
Medo da morte e da vida
Da juventude e velhice
E das rugas no rosto
Medo do caminho desconhecido
Das pedras das estradas
Do julgamento apressado
Na condenação injusta
Que condena a ilusão
Mas que permite ser vivida
A vida
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