sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Medo da minha alma?

Tenho receio deste fogo

Que é a parceria da minha alma

.Acha-se sempre de espia

Que vigia das suas vistas

Esta menina que fui.

Esta mulher que hoje sou.

Menina vida e obstinada

Domiciliada nas suas ilusões

Que ornavam seu coração

Devaneava a tempo ilimitado

E a mulher que hoje sou

Menina ainda é.

Tomo meus cabelos e enlaço

Com os dedos faço e refaço

Em espirais e em ondas

E até ás vezes, lhe enlaço

Belas fitas de ilusões.

Que rápido logo desfaço.

Dispersa das emoções.

Ao espelho, reivindico divisar

A menina, que ao crescer

Se foi inovando.

Mas, conferindo a minha esteira.

Já com a tez marcada

Porque os anos caracterizam

beleza muito distinta

Menina com brisa não perderei.

Porque a idealidade não acabou.

E persiste em engrandecer.

E a minha alma se apraz.

Foi ela que completou em mim.

Tudo aquilo que agora sou

E temor porque hei-de ter?

Se com a minha alma aqui estou

Com toda a pujança que me concedeu.

Da alma? Não tenho medo

Tenho medo é do que ela me surpreende

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