Tenho receio deste fogo
Que é a parceria da minha alma
.Acha-se sempre de espia
Que vigia das suas vistas
Esta menina que fui.
Esta mulher que hoje sou.
Menina vida e obstinada
Domiciliada nas suas ilusões
Que ornavam seu coração
Devaneava a tempo ilimitado
E a mulher que hoje sou
Menina ainda é.
Tomo meus cabelos e enlaço
Com os dedos faço e refaço
Em espirais e em ondas
E até ás vezes, lhe enlaço
Belas fitas de ilusões.
Que rápido logo desfaço.
Dispersa das emoções.
Ao espelho, reivindico divisar
A menina, que ao crescer
Se foi inovando.
Mas, conferindo a minha esteira.
Já com a tez marcada
Porque os anos caracterizam
beleza muito distinta
Menina com brisa não perderei.
Porque a idealidade não acabou.
E persiste em engrandecer.
E a minha alma se apraz.
Foi ela que completou em mim.
Tudo aquilo que agora sou
E temor porque hei-de ter?
Se com a minha alma aqui estou
Com toda a pujança que me concedeu.
Da alma? Não tenho medo
Tenho medo é do que ela me surpreende
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