Que as estradas onde passo
Me leve a trilha do bom senso
Sem que me force a olhar para trás.
Que às serradas trilhas das virgens matas,
Despeje sobre mim
Toda a tranqüilidade que jamais pude obter,
E que venha se transformar
No mais puro soprar dos ventos.
Que às montanhas que pela frente encaro,
Que às acidentadas e lisas pedras que desafio,
Dei-me oportunidade de penetrar no seu íntimo
E descobrir o mínimo de seus mistérios,
Um íntimo de pureza e docilidade.
Que o sacrifício de minhas longas caminhadas
Mostre-me então o ponto mais alto que jamais
Um ser tenha chegado.
E que a beleza que me cercam,
Faça-me de vez, enxergar toda obra que não foi construída
Por pobres humanos operários.
Que minha fuga para paz
Não me dêem sustos quando encarar toda minha solidez
E mostre-me de vez, tudo aquilo que a natureza fez.
Que de rebelde e intolerante,
Eu me transforme na mais pura e
Singela flor do campo.
Que de ambicioso e mal intencionado
Eu encontre o caminho da paz
E da liberdade
Representar não mais adianta
Aceitar torna-se difícil
Não adianta rejeitar
Não adianta descriminar
E também não adianta negar que
O ser humano
Devido sua incapacidade racional
Cada vez mais custa a chegar,
E se distancia muito mais ainda
Do topo da liberdade
Do topo da vida real
Uma vida de muita paz e tranqüilidade
De muita paz e liberdade
Liberdade material
Paz espiritual.
Sem comentários:
Enviar um comentário