quinta-feira, 1 de novembro de 2007

DE QUANDO EM QUANDO, MINHA PAZ

Que as estradas onde passo
Me leve a trilha do bom senso
Sem que me force a olhar para trás.

Que às serradas trilhas das virgens matas,
Despeje sobre mim
Toda a tranqüilidade que jamais pude obter,
E que venha se transformar
No mais puro soprar dos ventos.

Que às montanhas que pela frente encaro,
Que às acidentadas e lisas pedras que desafio,
Dei-me oportunidade de penetrar no seu íntimo
E descobrir o mínimo de seus mistérios,
Um íntimo de pureza e docilidade.

Que o sacrifício de minhas longas caminhadas
Mostre-me então o ponto mais alto que jamais
Um ser tenha chegado.

E que a beleza que me cercam,
Faça-me de vez, enxergar toda obra que não foi construída
Por pobres humanos operários.

Que minha fuga para paz
Não me dêem sustos quando encarar toda minha solidez
E mostre-me de vez, tudo aquilo que a natureza fez.

Que de rebelde e intolerante,
Eu me transforme na mais pura e
Singela flor do campo.

Que de ambicioso e mal intencionado
Eu encontre o caminho da paz
E da liberdade

Representar não mais adianta
Aceitar torna-se difícil
Não adianta rejeitar
Não adianta descriminar
E também não adianta negar que
O ser humano
Devido sua incapacidade racional
Cada vez mais custa a chegar,
E se distancia muito mais ainda
Do topo da liberdade
Do topo da vida real
Uma vida de muita paz e tranqüilidade
De muita paz e liberdade
Liberdade material
Paz espiritual.

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