segunda-feira, 21 de maio de 2007

O COMEÇO DO FIM

O astro rei deslizava calmamente no horizonte, e as estrelas do céu começavam num luzir mesclado de ternura, despontar na amplidão do firmamento.
Meus pensamentos criavam asas nas plumagens da imaginação e aquela alma tão humilde foi convidada para um vôo na amplidão do infinito.
Vem comigo querida irmã, voemos ao céu, alcancemos as estrelas, deixemos a terra em seu lugar, no seu calmo flutuar.
Vês ali aquela esfera tão linda! É a lua dos eternos namorados, dos amantes do amor, é o luar que extasia externando o convite para amar.
Não nos detenhamos aqui. Continuemos nosso vôo, voemos mais adiante. Ali se encontra outras esferas flutuantes, a cadeia de planetas do nosso sistema solar. Alguns já tiveram vidas, algumas com superioridade e inteligência e a usaram para sua própria destruição.
Mas não nos detenhamos mais, voemos além, saiamos do nosso sistema, ganhemos a amplidão do infinito, vamos além da nossa galáxia, conheceremos outras milhares de galáxias, algumas ainda em formação.
Por que te mostras preocupada com nossa terra? Não se entristeça, já não a vemos mais, ficou tão longe! Voemos, vamos mais além, estamos apenas no início da eternidade. Tens medo? Saibas que o medo é apenas um abstrato a turvar a coragem no êxito do conhecimento. Não nos detenhamos, vamos além. Voemos além da eternidade, muito aquém do início, além do fim.
Vê, ali está outra esfera, outro mundo, onde impera a harmonia, a paz e o amor. É o mundo das almas evoluídas, das almas que se fizeram o quadrado do amor. Ali não existe discórdia, queixume ou dor. As cores adjacentes, primárias e secundárias transformaram-se, fundindo-se numa só cor, a cor branca da paz, mesclada de perdão.
Queres voltar?... Então voltemos, regressemos ao nosso minúsculo mundo flutuante, onde seus habitantes vivem sob uma atmosfera enganosa de poder, desenfreada ambição, que pelo desamor, conduzirá aquele minúsculo mundo flutuante, que aprendemos a conhecer como "terra", a dor da sua própria destruição.
As águas, líquido de primeira grandeza para a continuidade da vida, já começaram a turvar-se, a sua pureza já está comprometida.
A fauna e a flora não são mais motivo de admiração, passaram a ser comércio de destruição.
A atmosfera, ar imprescindível a continuidade da vida, está se tornando cada vez mais comprometida pela poluição.
A Agressividade ao meio-ambiente se tornou renitente, contumaz. Experiências desrespeitosas, desregradas, são motivos de alegrias a ciência.
Borradelas em tela se fizeram arte, como se assim fosse a mais bela pintura de criação; A dança não é mais um valsar de sonhos, deu-se o lugar a esquisitices corporais, fazendo-se verdadeiras ginásticas no palco de mera ilusão.
É apenas o começo do fim de uma esfera flutuante que Deus fez presente ao homem, para desenvolver-se em vida, em luz e em amor.
É o começo do fim.

Sem comentários: