sábado, 10 de abril de 2010

NUMA TARDE COMO ESTA

Numa tarde como esta
avencas e sândalos
vestem meus olhos
de tua lembrança.

Sou hera que cresce
nos teus cabelos
novelos de lã
norteando o vento.

Numa tarde como esta
sou lábios da própria
cor do carmim
ansiando o teu beijo.

Teus olhos da cor do mel
me enfeitiçam
e fazem de mim o
eterno enamorado.

Numa tarde como esta
sou a tua silhueta
subindo a rua
levando a direcção de casa.

Tua tez branco alvo
dizem de tua presença
por detrás da porta
silente e fechada.

Numa tarde como esta
deixas-me entrar
e somos dois em um
um só espaço no ar.

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