domingo, 11 de abril de 2010

LÁGRIMAS DA TERRA

Séculos de maltratos,
anos de guerras,
ódio causando dor,
regando com sangue
as sementes de amor.
Dói ver a cobiça,
roubando a Paz,
torturando os dias de luz;
com uma overdose de veneno,
a terra negra suplica, e chora
a morte do filho de Deus.
Tremendo em agonia.
Enquanto isso,
covardemente,
o homem selvagem
ataca não se rende,
despertando a fúria.
A mãe, com o seio seco,
clemente, pede-lhe Paz.
A vingança responde
com revolta,
por querer ser ouvida;
só a morte a satisfaz.
A palavra é fogo que arde,
as cinzas flutuam no mar,
provocando a grande onda.
De mágoas em mágoas,
a terra viu-se lavar
com a morte dos inocentes,
e a verdade mostrar
que o mundo não nos pertence.
Estamos aqui para amar,
se a vida tem seus mistérios
o viver tem que respeitar
a força da mãe natureza,
que a tudo pode mudar.

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