sábado, 13 de fevereiro de 2010

Uma noite de amor

Era apenas uma noite de amor em um lugar,
os gritos de prazeres eram selvagens,
o fogo e a água se misturavam deslizando a pele.


Os nus se juntavam de alto abaixo,
as carnes se uniram por dentro dos corpos,
não criamos abrigos, deixamos o desejo tomar conta.


Bocas e línguas avermelhadas se tocam,
talvez um pouco de som, um e outro gemido,
éramos como onda e pedra batendo sem parar.


Tudo era existência pura e simples, homem e mulher,
nos olhos somente a imagem do outro
e os brilhos buscando mais prazer e tesão.


Mãos se juntam e passeiam os corpos,
a vida espera para depois do fazer amor,
a noite passa e volta, como se o tempo voasse junto.


Giramos os astros, lua e sol, demarcamos estrelas,
enquanto na terra plantamos paixões,
no espaço alguns deuses protegem nós os amantes.


Extasiados, repousamos meio corpo entrelaçados,
os seios denunciam as marcas da minha boca,
o braço cruzando a cintura parece repousar o prazer.


Nem a noite explica tais sonhos reais,
despertei e adormeci milhares de vezes na mesma noite,
o sabor entrou pela boca foi até a alma e eu amei mais.

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