terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Estou só na multidão...

Estou só na multidão. Talvez eu seja só
Uma demente, com muitos sonhos idiotas...
Vejo rostos estranhos, olhares que vagam,
O meu... Almeja o livre vôo das gaivotas!...

Quiçá... A maldade seja algo normal...
Seja lá como for, não faço parte do todo,
Tenho a anomalia do verdadeiro amor...
Pena da frágil flor que brotou no lodo...

Todos os dias, meus olhos assistem
Cenas terríveis... De desamor puro...
A lua já não inspira grandes amores...
Os corações são vazios, frios, duros!...

Estou sozinha na multidão Senhor!...
Carregando uma sensibilidade inútil...
Uma franqueza condenada ao silêncio,
Tendo que aceitar o ego superlativo, fútil!

Trazendo no peito... A ânsia da luta justa...
Revolta da covarde omissão em massa!...
Cansada de um mundo cheio de desgraças,
Onde só vence o ódio, a inveja e a trapaça!...

Sem comentários: