quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A VOZ CALADA DO AMOR

Eu mudei, mas não foi uma mudança de domicílio, foi uma mudança no sentido da minha vida.

Eu mudei, ou será que foi essa bendita luz de amor que mudou tudo em mim? Não sei deduzir, mas o importante é que eu mudei.

Eu sei que mudei, porque hoje, aprendi a apreciar os pequenos detalhes que a vida me oferece, enquanto que antes, tudo, ou quase tudo me passava despercebido.

Hoje, quando ouço uma canção, a ouço duplamente porque ouço com a audição e com o coração.

Os gorjeios das aves me emocionam mais do que as cordas dedilhadas de um violão, porque eu sei que é a natureza me oferecendo um pouquinho do seu sublime mistério. As frases pronunciadas hoje são mais analisadas do que o complemento do traje decorativo de minha vestimenta. A melodia que ouço, ainda que esteja longe, são notas fazendo transporte a esse imenso lago azul de amor, que deságua na foz da felicidade, seguindo sua corrente de paz.

Eu mudei! Eu mudei porque hoje descobri que esperança é um derivado da confiança, transportada na fé e eu sei que a fé é a certeza dessa bendita mudança que me fez ouvir a voz calada do amor residente em mim, há muito adormecido, mas, hoje desperto no clarim dessa constante felicidade.

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