quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Transformação

Quem de nós já não desejou, em algum momento, ser dotado de poderes mágicos que nos permitissem transformar o mundo, eliminando todo o desequilíbrio, a desigualdade, a violência e tantos outros problemas existentes?

Para que esta fantasia se torne possível, é necessário, antes de tudo, que sejamos capazes de transformar nosso mundo individual, nossa própria dualidade, e integrar todos os aspectos de nosso ser.

Visto ser esta uma tarefa bem difícil, torna-se urgente que a iniciemos o mais cedo possível, se quisermos usufruir da felicidade que essa integração poderá nos proporcionar ainda nesta vida.

Integrar todos os aspectos de nosso ser exige um olhar compassivo e amoroso para aquelas partes de nós que preferíamos não ver, aceitando com humildade que elas existem, mas que podem ser mantidas sob controle, se soubermos fazer prevalecer nosso lado luminoso, aquele que nos faz experimentar a plenitude da existência.

Muitas pessoas vivenciam o tempo todo apenas seus bloqueios e dificuldades, e se esquecem de olhar para si mesmos com uma visão amorosa, reconhecendo aquilo que possuem de bom, suas qualidades e talentos latentes.

Transformar nosso mundo interior é, antes de tudo, transmutar a negatividade e o pessimismo em confiança e fé em nosso poder pessoal. Podemos, a qualquer momento, recriar nossa vida em outras bases, tendo como alicerce nosso senso de unidade com o Divino.

Uma nova humanidade ou suicídio global

O mundo todo está nas garras de uma insanidade longamente adiada. Estivemos adiando e adiando e, agora, o último grau, o grau de evaporação, chegou.

Há agora somente duas possibilidades: uma é que a humanidade venha a cometer um suicídio coletivo, porque esta insanidade não mais pode ser acumulada. As religiões contribuíram, os moralistas contribuíram, os professores contribuíram, os assim chamados grandes homens contribuíram para tornar o homem cada vez mais e mais insano. E agora chegou o ponto final, onde podemos cometer um suicídio coletivo através das bombas atômicas ou das bombas de hidrogênio ou de qualquer outra coisa.

O homem como é não pode ser tolerado sobre a terra agora. Tornou-se intolerável. E junto com ele, ele está matando toda a terra. Não apenas ele é um suicida; ele se tornou assassino. Ele está matando tudo. O homem está matando tudo sobre a terra. Não há nada vivo que ele goste agora: somente coisas mortas o atraem. E quanto mais mortas, melhor, porque, então, pode-se possuí-las, manipulá-las.

Assim, ele está matando a natureza e tudo sobre a terra. Ele não pode ser tolerado, e sua própria insanidade interior está levando-o ao ponto de evaporação. Devido a isso, a hora está chegando cada vez mais e mais perto. E no mundo todo, aqueles que pensam e aqueles que sentem e aqueles que sabem, estão em busca de métodos, arquitetando métodos, para ajudar a humanidade a transcender a loucura. Esse é o único modo.

Ou o homem cometerá suicídio, ou o homem dará um salto para reinos mais elevados do ser. Se essa transformação não vier, então, nada pode ser feito: o homem cometerá suicídio. Eis por que por todo o mundo as energias espirituais estão se juntando, as forças espirituais estão se reunindo, muitos grupos esotéricos estão trabalhando. E às vezes pode não ser tão óbvio, mas lá no fundo, no próprio centro da mente humana... As línguas diferem, os caminhos diferem, as abordagens diferem, mas em todo lugar há um tatear em busca de algo que possa tornar-se uma alquimia para mudar a humanidade”.
Osho, Meditation, The Art of Ecstasy.

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